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sábado, 10 de maio de 2014

Proteínas são um perigo na meia-idade



Consumir exageradamente carne, leite e queijo entre os 35 e os 58 anos pode aumentar em duas vezes o risco de morte, segundo estudo americano

Uma asinha de frango ou uma suculenta costela bovina podem ser tão mortais quanto as doses diárias de nicotina ingeridas por um fumante. E não são só as artérias e o coração os únicos a sofrerem com o excesso de gordura. De acordo com estudo da Universidade de Southern Califórnia (USC), uma dieta rica em proteína durante a meia-idade — entre 35 e 58 anos — leva ao aumento em quase duas vezes da probabilidade de morte e em quatro vezes a de morrer em decorrências do câncer, percentual mais alto que a mortalidade associada ao tabagismo. Curiosamente, uma ingestão moderada de proteína depois dos 65 anos pode ser muito bem-vinda.

O grupo de pesquisadores da Escola Davis de Gerontologia, na USC, acompanhou uma grande amostra de adultos por quase duas décadas e descobriu que o consumo excessivo de proteína está ligado a um aumento dramático na mortalidade por câncer e que pessoas na meia-idade que ingerem uma grande quantidade de proteínas de origem animal — incluindo carne, leite e queijo — também são mais suscetíveis à morte precoce em geral. De acordo com o artigo, publicado na revista científica Cell Metabolism, os amantes de proteína apresentaram 74% mais probabilidade de morrer de qualquer causa durante o período estudado do que os seus pares com o consumo baixo de proteína.

“Entender a nutrição não é simples. Não se trata de saber se uma determinada dieta vai permitir que a pessoa fique bem por três dias, mas se pode ajudá-la a sobreviver até os 100 anos”, destaca o autor principal do trabalho, Valter Longo, também professor de biogerontologia e diretor do Instituto de Longevidade da USC. Longo garante que, entre os grandes exemplos nessa direção, estão os moradores da pequena cidade italiana de Molochio, com uma das maiores prevalências de centenários no mundo.
A quantidade de proteína que deve ser ingerida durante a vida se tornou um assunto extremamente controverso nos últimos anos, especialmente após a grande popularidade atingida por dietas, como a do Dr. Atkins e a Paleo, que pregam a alta ingestão de proteínas. No entanto, pesquisas voltadas para a longevidade mostram que essa pode não ser a escolha ideal se a busca é viver por muito anos. Ao contrário, os pesquisadores acreditam que a ingestão de proteínas não deve obedecer a um limite estático, mas considerar as mudanças biológicas sofridas pelo organismo à medida que ele envelhece. Em outras palavras, o que é bom para o adolescente, é diferente para o jovem adulto e pode ser extremamente oposto às indicações para os idosos.

Segundo Longo, as proteínas controlam o hormônio do crescimento IGF -I, que ajuda o corpo a se desenvolver, mas tem sido associado à suscetibilidade ao câncer. Por motivos óbvios, ao atingir os 65 anos, os níveis de IGF-I caem drasticamente, levando à fragilidade potencial e à perda de massa muscular. Por esse motivo, ainda que a alta ingestão de proteína durante a meia-idade seja muito prejudicial, ela pode se tornar uma proteção aos mais velhos. A pesquisa mostra que uma dieta de baixa proteína na meia-idade é útil para a prevenção do câncer e da mortalidade em geral por envolver um processo de regulação do IGF-I e, possivelmente, dos níveis de insulina no organismo.


Leia o restante da matéria em: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/05/09/noticia_saudeplena,148542/proteinas-sao-um-perigo-na-meia-idade.shtml

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