Para embalsamar faraós egípcios e acabar com a cólera que assombrou os russos em 1945 a receita foi a mesma: argila. Até hoje ela é a solução de moradores da roça nordestina para curar queimaduras. Com tantos poderes catalogados na história e apregoados boca a boca, sua aplicação na pele ganhou nome de tratamento — geoterapia — e está sendo indicada por médicos contra inflamações, infecções e até tumores. O sucesso está na composição de minerais, como quartzo e mica, acompanhados de magnésio, ferro, feldspato, potássio, sódio e cálcio — bastante semelhante à do corpo humano. Mas há argilas e argilas. Segundo o Laboratório Municipal de Polícia de Paris, a verde e a branca são as melhores para fim terapêutico. “Elas têm uma concentração ideal de minerais”, confirma o fitoterapeuta Andirásio Donato, de São Paulo.
O grande mérito da argila é fortalecer as defesas do corpo
Derramados sobre a pele da região que se pretende curar, os minerais da argila são absorvidos e passam a atuar em várias frentes, regenerando as células, agindo como antiinflamatórios e estimulando a drenagem linfática. “Com tudo isso o corpo sai fortalecido e tem mais chances de vencer a doença”, garante a médica Maria Lúcia dos Santos, do Centro de Medicina Natural, em Vinhedo, interior de São Paulo, que se vale do método para ajudar a tratar, por exemplo, problemas respiratórios, dores musculares, reumatismo, prisão de ventre, cólica menstrual e até câncer.
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